Os transtornos ansiosos estão intimamente relacionados ao sono. Assim como uma crise de ansiedade pode atrasar o início do sono,
uma noite mal dormida pode gerar um quadro de estresse e facilitar uma crise de ansiedade.
A ansiedade, como um transtorno, pode estar presente de diversas maneiras e de acordo como se manifesta recebe nomes diferentes,
sendo que a mais comum é conhecida como
Transtorno de Ansiedade Generalizada - TAG. Os outros tipos de ansiedade são
a síndrome do pânico, a fobia social e a agorafobia, por exemplo.
A ansiedade geralmente ocorre por uma preocupação excessiva que ocorre não somente com problemas,
mas com situações do dia a dia, que normalmente não precisam gerar tanta preocupação.
As pessoas com transtornos ansiosos apresentam em comum um estado de alerta e uma preocupação
excessiva voltada para acontecimentos futuros.
Os sintomas em comum desses ataques de ansiedade são uma sensação de mal-estar associados a
alterações físicas como taquicardia, aumento da frequência respiratória, sudorese,
tremor e inquietação. Os quadros mais intensos de crise de ansiedade podem dar a
sensação de falta de ar e dor intensa no peito, com a sensação de morte iminente.
Para as pessoas que sofrem de ansiedade a busca do melhor tratamento, o mais precoce possível,
aumentam as chances de sucesso e controle dos sintomas da ansiedade.
Os efeitos da ansiedade no sono ocorrem pelo aumento de neurotransmissores relacionados ao
estado de alerta no sistema nervoso central (noradrenalina, dopamina, serotonina e histamina).
Pode ocorrer dificuldade em iniciar o sono (insônia inicial), aumento do número de despertares
durante a noite (sono fragmentado) e sono leve e não reparador (diminuição do sono profundo).
Nas pessoas com síndrome do pânico pode ocorrer crises de ansiedade durante a noite, e chegam a
acordar a pessoa, mesmo sem algum motivo aparente. Já para as pessoas que têm transtorno de
ansiedade generalizada, é comum que as preocupações invadam a cabeça durante a noite, antes
de iniciar o sono ou durante um despertar no meio da noite, e a pessoa não consegue “desligar”,
ficando num estado de alerta cerebral.
Na maior parte dos casos a melhora da ansiedade vai ser acompanhada por melhora na qualidade e nas queixas de sono.
O tratamento da ansiedade precisa de uma investigação sobre o estilo de vida, hábitos e fatores externos que estejam
influenciando o quadro emocional da pessoa. Uma vez identificados pelo médico, é fundamental interferir nesses fatores,
seja eliminando as fontes de estresse ou mesmo ajudando a pessoa a lidar melhor com essas situações. Muitas vezes a
psicoterapia pode ser bastante útil e indicada.
O uso de medicamentos pode ser necessário tanto para o controle dos ataques de ansiedade como também para prevenção
de crises futuras. O tipo de medicamento para ansiedade que pode ser utilizado vai depender de uma avaliação criteriosa
do médico especialista, sendo que muitas vezes os antidepressivos e os ansiolíticos (conhecidos como benzodiazepínicos)
costumam ser utilizados.